Quando recebi a notícia de que o Atlético Mineiro havia oficializado a contratação de Jorge Sampaoli, confesso que meu coração acelerou. Não é qualquer técnico que desperta esse tipo de reação. Estamos falando de um nome de peso, um treinador que já deixou sua marca no futebol sul-americano e europeu, e que retorna ao Galo para uma segunda passagem. Aos 65 anos, o argentino chega com contrato válido até dezembro de 2027, algo raro no futebol brasileiro, onde a rotatividade de treinadores é quase regra.
Como torcedor e observador apaixonado pelo futebol, vejo essa contratação como um momento de virada, um ponto de inflexão na história recente do clube. Mais do que trazer um técnico, o Atlético aposta em uma filosofia de jogo, em uma ideia de intensidade e protagonismo. Mas, como sempre, essa decisão vem cercada de expectativas, dúvidas e comparações inevitáveis.
Relembrando a primeira passagem de Sampaoli pelo Galo
Não tem como falar desse retorno sem voltar a 2020, quando Jorge Sampaoli pisou pela primeira vez na Cidade do Galo. Aquele período foi marcado por ousadia. O time jogava para frente, pressionava alto e dominava adversários de forma intensa. Em 44 jogos, conquistamos 24 vitórias e garantimos o 3º lugar no Brasileirão, carimbando a vaga para a Libertadores.
Apesar de não ter conquistado títulos, sua primeira passagem deixou uma impressão forte. Ele montou a base de um elenco competitivo que, posteriormente, viria a colher frutos com outros técnicos. Para mim, Sampaoli plantou uma semente que, mesmo com altos e baixos, ajudou a elevar o patamar do clube.
O novo contrato: estabilidade rara no Brasil
O que mais me impressiona nessa volta é a duração do contrato: até dezembro de 2027. No Brasil, onde vemos técnicos caírem após três ou quatro resultados ruins, um vínculo tão longo parece quase uma utopia. Isso mostra duas coisas:
- Confiança da diretoria no trabalho do argentino.
- Compromisso do clube com um projeto de longo prazo.
Eu vejo isso como um sinal de maturidade. O Atlético percebeu que não pode viver de mudanças constantes no comando. Precisa de continuidade, de uma filosofia bem definida, e Sampaoli pode ser o nome certo para dar essa cara ao time.

Estilo de jogo: intensidade, posse e verticalidade
Quem conhece Jorge Sampaoli sabe que ele não aceita “jogar por jogar”. Seu estilo é baseado em pressão alta, marcação sufocante e saída rápida. Ele gosta de times que controlam a posse de bola, mas sempre com o objetivo de atacar. Não é posse estéreo, é posse agressiva.
Isso me anima, porque o elenco atual do Galo tem peças que se encaixam nesse modelo. Jogadores de velocidade, meio-campistas de boa saída e atacantes de movimentação podem render muito sob seu comando. Por outro lado, sei que vai exigir bastante fisicamente, e nem todos os atletas se adaptam. É aí que mora o desafio: alinhar qualidade técnica com intensidade física.
As expectativas para as competições
O Atlético ainda está vivo em duas frentes decisivas: Copa do Brasil e Copa Sul-Americana. E se tem um torneio que me faz sonhar, é justamente a Sul-Americana. Por quê? Porque Sampaoli já sabe o caminho da glória nesse campeonato. Em 2011, levou a Universidad de Chile ao título de forma invicta, encantando a América.
Imagino o que seria ver o Galo conquistando um título continental sob o comando dele. É um sonho realista, não apenas uma ilusão. Além disso, o Brasileirão segue sendo prioridade, e acredito que o estilo de Sampaoli pode trazer regularidade ao time, algo que precisamos para brigar na parte de cima da tabela.
O lado humano: intensidade e temperamento forte
Nem tudo são flores quando falamos de Sampaoli. Ele é conhecido por ser exigente, impaciente e, muitas vezes, explosivo. Em alguns clubes, isso gerou atritos com dirigentes e jogadores. No Flamengo, por exemplo, sua passagem foi marcada por conflitos de vestiário.
Por isso, eu fico curioso para ver como será sua relação com o elenco atleticano. A Massa gosta de intensidade, mas também exige harmonia. Se o grupo comprar a ideia, podemos voar. Se houver resistência, pode virar um problema.
De minha parte, prefiro acreditar que a diretoria aprendeu com os erros do passado e vai dar suporte ao técnico. Sampaoli não é daqueles que aceitam imposições, e para dar certo, precisa ter autonomia.
O impacto para a torcida
Como atleticano, eu sinto que a chegada de Sampaoli reacende o entusiasmo. A Massa é apaixonada, mas também muito crítica. Quer ver futebol bonito, quer sentir orgulho dentro e fora de campo. Sampaoli traz esse peso, esse simbolismo de que o Atlético não se contenta em ser coadjuvante.
Já imagino o Mineirão lotado, a torcida gritando, e Sampaoli na beira do gramado, gesticulando sem parar, vivendo cada lance. Essa conexão entre técnico e torcida pode ser um diferencial gigantesco.

Bastidores e a escolha pela volta
Nos bastidores, sabemos que a diretoria avaliou outros nomes antes de fechar com Sampaoli. Mas optar por alguém que já conhece o clube, a torcida e a pressão que envolve o Atlético foi estratégico. Ele não chega para se adaptar: já sabe onde está pisando.
Além disso, o contrato longo também facilita o planejamento para reforços. Jogadores que pensam em vir para o Galo sabem que encontrarão um treinador consolidado, não alguém que pode sair em três meses. Isso atrai talentos e dá mais credibilidade ao projeto.
Perguntas da Torcida
1. Quando Jorge Sampaoli estreia pelo Atlético?
A expectativa é que esteja no banco já na próxima rodada do Brasileirão, após sua apresentação oficial.
2. Qual é a duração do contrato?
Até dezembro de 2027, o que representa estabilidade rara no futebol brasileiro.
3. Ele já conquistou a Copa Sul-Americana?
Sim. Em 2011, com a Universidad de Chile, venceu de forma invicta, encantando a América.
4. Como foi sua primeira passagem pelo Galo?
Em 2020, comandou 44 jogos, conquistou 24 vitórias e levou o time ao 3º lugar do Brasileirão.
5. Quais são os maiores desafios nesse retorno?
Conciliar sua intensidade com a realidade do elenco, manter a harmonia no vestiário e conquistar títulos de expressão.
Apito Final
A contratação de Jorge Sampaoli pelo Atlético Mineiro não é apenas a chegada de um treinador. É a retomada de um projeto ousado, a aposta em uma filosofia de intensidade e protagonismo. Como torcedor, eu sinto que estamos diante de uma oportunidade rara: unir talento, planejamento e continuidade.
Claro que desafios virão. Sampaoli é temperamental, o futebol é imprevisível, e a pressão em Belo Horizonte é enorme. Mas, no fundo, acredito que esse reencontro pode ser histórico. Mais do que nunca, a Massa precisa apoiar, acreditar e empurrar o time. Quem sabe, em breve, não estaremos celebrando um título continental com o argentino erguendo a taça?
E a saída do Cuca? Você lembra bem?
Eu sei que a chegada do Sampaoli gera expectativa, mas não dá pra esquecer o que aconteceu antes, né? A saída repentina do Cuca, após a derrota para o maior rival, marcou demais. Foi um choque!
Para reviver os detalhes, entender as explicações e os passos do Galo depois daquele 0x2 para o Cruzeiro, te convido a conferir nosso artigo no Tudopelabolafc. Entenda tudo sobre a despedida do Cuca!